quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Grandes grifes abrem capital atrás de novos milionários

Investimentos dos países emergentes são metas de grupos internacionais

As grandes empresas do setor de moda e artigos de luxo nunca tiveram o hábito de vender ações na bolsa da valores. Por isso, segundo reportagem publicada na revista EXAME, até pouco tempo atrás, a maioria delas olhava com certo desdém para o mundo plebeu dos pregões e permanecia exclusivamente sob o controle dos próprios fundadores ou herdeiros.

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A situação começou a mudar nos últimos anos, quando alguns nomes importantes do mercado resolveram abrir o capital. Fazem parte desse grupo corporações como a italiana Damiani, uma das mais exclusivas joalherias do mundo, e a francesa Louis Vuitton, responsável há mais de um século pela criação de alguns dos principais objetos de desejo já produzidos para as mulheres.

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No total, dez grandes companhias do setor negociam hoje seus papéis no mercado de capitais. A lista deve aumentar em breve. Apesar da crise financeira que varre o mundo, pelo menos outras três grifes de porte já anunciaram oficialmente planos de seguir o mesmo caminho — a Salvatore Ferragamo, a Prada e a Tommy Hilfiger.

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Especula-se ainda que as casas de alta-costura Roberto Cavalli e Valentino também estejam em fase adiantada de planejamento para entrar na onda.

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A adesão dessas empresas à bolsa de valores tem como objetivo dar uma resposta adequada aos desafios criados pelas tendências principais do segmento de luxo na atualidade: o forte crescimento nos negócios e a multiplicação de consumidores em países fora dos eixos mais tradicionais, como Europa e Estados Unidos.

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Segundo a consultoria americana Bain & Company, as vendas das 200 maiores companhias do mundo desse segmento alcançaram 250 bilhões de dólares em 2007, quase o dobro do valor registrado há dez anos. Boa parte da evolução deve ser creditada na conta dos consumidores de mercados emergentes.

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No caso da joalheria Damiani, a participação das vendas em Itália, Japão e Américas caiu de 88% para 81,4% entre 2006 e 2007. No mesmo período, ganharam força mercados como a Rússia e os Emirados Árabes.

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"Abrir o capital é a forma mais rápida e barata de se capitalizar para expandir a rede de lojas e não perder o forte momento de demanda", afirma Carlos Ferreirinha, da MCF Consultoria, empresa brasileira especializada no mercado de luxo.

Fonte: Revista Exame http://www.abril.com.br/noticia/comportamento/no_346126.shtml

Matéria enviada por Júlio Horta

Consultor de Projetos Especiais da MCF Consultoria

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