sábado, 28 de fevereiro de 2009

MÓVEIS EM MADEIRA SEM DESMATAMENTO

Mantuanni Casa apresenta ambiente e objetos feitos em madeira de demolição

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Móveis em madeira não são uma nova tendência, mas sim algo sempre bem-vindo em um projeto de decoração. Se a qualidade do produto for boa e seu design for clássico, ele pode ser passado de pais para filho durando diversas gerações. O que é uma tendência, no entanto, é o uso de madeiras ecologicamente corretas, que são adquiridas tanto por meio do plantio responsável quanto pelo uso de madeiras de demolição. Com a extinção de florestas e a proibição do corte de diversos tipos de árvores pelo Ibama, às vezes a madeira de demolição é o melhor ou o único meio de encontrar certas espécies, como o mogno. Antes de ser reaproveitada, a madeira passa por um tratamento que a protege contra fungos e bactérias, garantindo sua segurança e qualidade.

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A madeira de demolição é recuperada de casarões, igrejas ou outras construções antigas de madeira e pode se transformar em móveis como mesas, aparadores, bancos e armários. Além da estética, a madeira de demolição agrega valor histórico ao objeto, e algumas peças podem ter até duzentos anos de história. Uma matéria-prima versátil, a madeira de demolição foi usada no espaço de decoração Mantuanni Casa como base para a ambientação de um loft, com suas paredes e piso feitos a partir do material. Outras peças similares são os bancos de tora de madeira, que dão um toque rústico e aconchegante a ambientes modernos.

Uma peça imponente feita em madeira de demolição é a mesa de jantar de braúna, feita com toras que medem 12 metros de comprimento por 1,5 metro de largura. A braúna tem uma cor escura que lhe valeu o nome de madeira negra, e é encontrada em poucos pontos do país. A demolição de estruturas antigas é uma das poucas maneiras de conseguir toras de braúna neste tamanho e a peça disponível na Mantuanni Casa foi adquirida de uma ponte demolida em Rondônia. Depois de limpa e tratada, a madeira transformou-se em uma mesa maciça de jantar para 8 pessoas. Ela consegue passar ao mesmo tempo um charme nostálgico e um ar imponente para qualquer ambiente em que seja colocada. Na ambientação da Mantuanni Casa, por exemplo, a mesa é apresentada com uma decoração indiana.

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Em meio ao vasto catálogo da Mantuanni Casa, outras peças de madeira que chamam a atenção são tigres esculpidos artesanalmente a partir de grandes blocos de madeira. Embora a matéria-prima não seja madeira de demolição, ela é, de certa maneira, madeira ecologicamente correta. Os blocos foram doados para os artesãos de Minas Gerais pelo Ibama a partir do estoque de madeira ilegal apreendida – antes contribuir para a arte do que não utilizar o material. As esculturas de tigre foram adquiridas pela Mantuanni Casa diretamente dos artistas, descendentes de escravos que até hoje trabalham em áreas que abrigavam antigos quilombos de seus antepassados, utilizando as mesmas técnicas de duzentos anos atrás.

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Para quem quiser conhecer o loft de madeira de demolição ou as peças de madeira ecologicamente correta, a Mantuanni Casa está localizada na Alameda Carlos de Carvalho, 1.941 – Batel.

Foto 01: Fachada da loja Mantuanni Casa (Crédito da foto: Daniel Katz)

Foto 1274: Banco em madeira de demolição. (Crédito das fotos: Divulgação / Mantuanni Casa)

Fotos 22580 / 22577 / 22579: Animais esculpido em madeira ecológica. (Crédito das fotos: Divulgação / Mantuanni Casa)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O luxo descobre o Brasil

Com seus principais mercados em crise, as grifes mais glamourosas do mundo se voltam para os países emergentes - a previsão é que mais de 50 marcas desembarquem por aqui nos próximos anos

Germano Lüders

Shopping Cidade Jardim, em São Paulo: 75% das compras de luxo no Brasil são feitas na capital paulista
Por Carolina Meyer

Por onde quer que passe, a mais grave crise financeira dos últimos 80 anos tem deixado um aparentemente inesgotável rastro de devastação. Bancos centenários foram levados à bancarrota, grandes fundos de investimento evaporaram da noite para o dia e ícones do setor automotivo agonizam à espera de um bilionário resgate financeiro por parte dos governos da Europa e dos Estados Unidos. Agora, a crise ameaça alcançar um dos setores mais exuberantes da economia mundial: o de luxo.

O setor, que passou praticamente incólume pelas duas últimas recessões mundiais, deve crescer apenas 3% em 2008, ante a média de 10% nos últimos cinco anos. Para 2009, a previsão é que esse segmento, que movimenta 250 bilhões de dólares ao ano, até encolha. Diante de um cenário no qual a riqueza se esvai, algumas das grifes mais badaladas do mundo, como Gucci, Louis Vuitton e Armani, decidiram centrar esforços nos países emergentes e, com isso, tentar reduzir os efeitos da crise.

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Uma pesquisa realizada pela consultoria Bain & Company mostra que o mercado de luxo nos países que compõem o Bric (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China), com crise e tudo, deve crescer, em média, 25% nos próximos cinco anos. E o mercado brasileiro, com faturamento estimado hoje em 1,6 bilhão de dólares ao ano, é o que deve registrar o maior aumento nesse período: cerca de 35%.

O frenesi em torno desse crescimento é tal que recentemente o prestigiado jornal britânico The Guardian dedicou uma página inteira ao assunto. "O Brasil tornou-se um dos mercados mais atrativos do mundo para as marcas de luxo", afirma John Guy, especialista em mercado de luxo da corretora MF Global.

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O entusiasmo exibido pelas grifes de luxo em relação ao mercado brasileiro pode ser medido pela quantidade de marcas que chegaram ao país em 2008. De janeiro para cá, 20 marcas inauguraram operações próprias no país - quase o dobro do registrado em 2007. A lista inclui nomes como a italiana Emilio Pucci, que conta com apenas 30 lojas espalhadas pelo mundo, a francesa Goyard, maior concorrente da Louis Vuitton, e a americana Gant, uma das marcas de luxo mais bem-sucedidas dos Estados Unidos.

Nos próximos meses, outras dez grifes devem ter suas lojas inauguradas no país, entre elas a francesa Hermès, famosa por sua coleção de bolsas de couro e lenços de seda feitos à mão. O mesmo estudo da consultoria Bain & Company estima que essa invasão esteja apenas no começo. Mais de 50 grifes de luxo devem se estabelecer no Brasil nos próximos cinco anos.

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Ao mesmo tempo, as marcas que já haviam se estabelecido no país decidiram acelerar seus planos de expansão. A Armani, por exemplo, pretende inaugurar outras sete lojas por aqui até 2009. A Louis Vuitton vai abrir sua quinta loja em Brasília. Dior, Bvlgari e Givenchy também planejam novas unidades até o final do ano que vem. "Para as marcas de luxo, não existe crise no Brasil", afirma Lorre White, uma renomada especialista no mercado de luxo. "Apesar de representar muito pouco nas vendas dessas marcas, a maioria aposta em seu potencial de crescimento."

Não é de hoje que as grifes internacionais estão de olho nos mercados emergentes como forma de catapultar seu crescimento. Cada vez mais pressionadas por resultados, essas marcas - a maioria pertencente a grandes conglomerados - têm procurado alternativas à estagnação de seus mercados mais tradicionais na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. "A crise financeira apenas acelerou o processo", afirma Pamela Danziger, presidente da consultoria Unity Marketing, especializada no segmento de luxo.

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No caso específico do Brasil, o otimismo pode ser explicado pela combinação de dois fatores. Um deles é a produção em série de novos milionários. Nos últimos dois anos, o efervescente mercado de capitais no Brasil acabou criando uma legião de novos-ricos, num ritmo superior a qualquer outro país do mundo. Segundo dados do banco de investimento Merrill Lynch, ao longo de 2007 surgiram 63 novos milionários por dia no país. O número de pessoas com patrimônio superior a 1 milhão de dólares aumentou de 92 000 em 2002 para 143 000 em 2007, um salto de 55%. Hoje, há mais milionários no Brasil do que na Índia ou na Rússia, famosa por seus oligarcas. E, pelo menos até o momento, a crise no mercado de capitais parece não ter alterado significativamente esse quadro.

O quadrilátero das grifes
O segundo fator que explica o interesse dessas grifes, sobretudo em um momento de retração lá fora, está relacionado às características do mercado de luxo brasileiro. Por aqui, a esmagadora maioria das receitas ainda vem de consumidores de alta renda, um processo diferente do que acontece em outros países. No exterior, o crescimento dos últimos anos foi puxado pela ascensão da classe média, ansiosa por adquirir o status que esse tipo de produto dá.

No Brasil, a expansão do crédito verificada nos últimos dois anos definitivamente não foi suficiente para alçar a classe média ao exuberante mercado de luxo. É uma má notícia, por um lado. Por outro, as empresas do setor ainda enxergam por aqui uma clientela de alto padrão não suficientemente atendida e que, apesar da crise, ainda tem recursos suficientes para comprar um novo relógio ou um exemplar de uma nova coleção de bolsas.

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"No Brasil, o consumo de luxo ainda é restrito ao alto do topo da pirâmide, um grupo pouco suscetível às oscilações no crédito", afirma Cláudia D’Arpizio, da Bain & Company. "E as empresas acham que muitos dos membros dessa elite ainda não entraram para valer nesse tipo de consumo."

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Com tais peculiaridades, não surpreende que o Brasil tenha um perfil singular na comparação com seus pares do mundo emergente, principalmente quando o assunto é o gasto per capita. Um levantamento inédito realizado pelas consultorias MCF e GfK, especializadas no segmento de luxo, ajuda a mensurar essas diferenças.

Em média, os consumidores brasileiros de luxo gastam 3 000 reais a cada compra e não raro fazem de duas a três aquisições por mês. Isso faz com que o consumo mensal de artigos de luxo no Brasil, por cliente, seja da ordem de 2 800 dólares por mês. É um número quatro vezes maior do que o verificado na Índia e o dobro do que gasta um consumidor chinês. Existem algumas diferenças também em relação à idade e à escolaridade do cliente-padrão.

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De acordo com o estudo, mais da metade dos compradores brasileiros de marcas de prestígio é mulher com nível superior e idade entre 26 e 35 anos. Na China e na Rússia, o público dessas grifes são mulheres mais jovens, com idade entre 20 e 30 anos, e elas nem sempre têm diploma. Na disputa por essa clientela altamente exigente, muitas empresas desenvolveram serviços específicos para o mercado brasileiro.

A filial local da Armani, por exemplo, é a única no mundo em que o cliente pode parcelar suas compras em até dez vezes no cartão de crédito, independentemente do valor envolvido. "No início, foi difícil para a matriz italiana entender essa peculiaridade do consumidor brasileiro", afirma André Brett, dono da marca no Brasil. "Trata-se de uma questão cultural. Aqui, toda compra é parcelada, ainda que o cliente tenha condições financeiras de pagá-la à vista."

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A concentração dessa clientela, e das lojas que trabalham com ela, é outro dado que chama a atenção no universo do luxo brasileiro. Mesmo com um vasto território e com uma legião de clientes endinheirados que fizeram fortuna com o agronegócio, aproximadamente 75% dos artigos de luxo do Brasil são vendidos na cidade de São Paulo. E, desse total, 95% são comprados numa região que ficou conhecida como Quadrilátero do Luxo.

Trata-se de uma área de pouco mais de 2,6 quilômetros de raio que concentra os quatro principais pontos-de-venda de grifes famosas do país: o shopping Iguatemi, no bairro de Pinheiros, as imediações da rua Oscar Freire, nos Jardins, a Villa Daslu, no bairro da Vila Olímpia, e o Shopping Cidade Jardim, localizado próximo à marginal Pinheiros. Juntos, esses centros reúnem mais de 150 marcas, algumas com lojas tão sofisticadas quanto as encontradas em grandes centros, como Londres ou Nova York.

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É o caso da fabricante de relógios Rolex, que inaugurou uma loja própria no Shopping Cidade Jardim. A filial brasileira conta com a linha completa de relógios desenvolvidos pela marca, sem dividir espaço com outras grifes, como acontece normalmente. Como essa, existem apenas outras cinco no mundo. "O público brasileiro é bastante sofisticado, e as grifes estão começando a se dar conta disso", afirma Carlos Ferreirinha, da consultoria MCF. Nos próximos meses, a região do Quadrilátero deve ainda ganhar outros dois centros de luxo. O Shopping JK, do grupo Iguatemi, e o Vila Olímpia, do grupo Multiplan, devem ser inaugurados em 2009 e contarão com grifes como Armani e Ermenegildo Zegna.

 A força dos emergentes
Com a grande quantidade de novos empreendimentos, pode parecer que o Brasil vive uma espécie de bolha do luxo. A verdade é bem diferente disso. No universo de nomes sofisticados como Prada, Hermès, Gucci, Chanel e Louis Vuitton só existe uma coisa mais "degradante" para a marca do que a realização de grandes liquidações: o fechamento de uma filial por mau desempenho de vendas.

Para essas empresas, a abertura de novos pontos é quase sempre uma decisão definitiva e não raro leva anos até ser tomada. O que está acontecendo agora no país foi, portanto, decidido há muito tempo e, nesse sentido, o passado de instabilidade econômica ainda pesa contra o Brasil, fazendo com que o ritmo de abertura de lojas, embora intenso para os padrões nacionais, aconteça em ritmo mais lento do que o ocorrido na China ou na Rússia.

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A grife francesa Hermès é um bom exemplo disso. A decisão de abrir a primeira loja no Brasil levou dez anos para ser tomada. No mesmo período, foram inauguradas duas filiais na Rússia, 11 na China, 15 na Coréia do Sul e seis em Cingapura. "Desde a nossa inauguração, em 1837, nunca fechamos uma única loja", afirmou a EXAME Christian Blanckaert, vice-presidente executivo da Hermès para assuntos internacionais. "E não pretendemos começar a fazer isso logo agora."

Apesar das boas perspectivas de crescimento nos próximos anos, é consenso entre especialistas de mercado que o Brasil ainda está longe de se tornar um centro de consumo de luxo com peso internacional. O país conta com uma das taxas de importação mais altas do mundo, em torno de 60%. Na China e na Rússia, seus principais concorrentes, a alíquota média para produtos de luxo é 20%.

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Com tarifas tão elevadas e uma moeda cada vez mais desvalorizada, os artigos de luxo vendidos por aqui chegam a custar 30% a mais do que os encontrados nos mercados desenvolvidos, como Europa e Estados Unidos. Essa distorção faz com que o que já seria naturalmente caro acabe se tornando praticamente inacessível. Além disso, o avanço da economia brasileira é visto com certa desconfiança por muitos executivos do setor, escaldados por anos de fortes oscilações na demanda interna.

O resultado é um ritmo de crescimento ainda mais cauteloso em comparação com outros países. A abertura da primeira loja da grife italiana Gucci no país, controlada pela rede de varejo PPR, por exemplo, foi adiada em um mês neste ano. Ao mesmo tempo, foram inauguradas duas novas lojas na China. "Muitas grifes que estão se estabelecendo no Brasil ainda estão pagando para ver", afirma Laudomia Pucci, co-diretora da grife italiana Pucci. A diferença é que antes elas nem isso faziam. O fato é que o cenário de penúria em muitos países acabou beneficiando o luxo no Brasil.

Revista Exame - 11.12.2008

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Inspirada no requinte dos cassinos, Amsterdam Sauer apresenta linha Naipes

A Amsterdam Sauer se inspirou nos ambientes requintados e cheios de adrenalina dos cassinos e criou uma linha especial para quem admira esse jeito emocionante de viver.

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Naipes é uma linha sofisticada, onde o ouro aparece como principal material em quatro opções de pendentes, cada uma inspirada em um naipe do baralho.

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O detalhe em todos eles é a presença de um diamante, colocado em um merecido lugar de destaque.

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As peças estão disponíveis para venda apenas pelo site www.amsterdamsauer.com.

www.amsterdamsauer.com

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Hermes e Louis Vuitton aliviam setor de luxo, ações disparam

PARIS (Reuters) - A indústria de produtos de luxo da Europa teve um alívio nesta sexta-feira, depois que o grupo Hermes traçou cenário relativamente encorajador para 2009 e a LVMH informou que o desempenho em janeiro não foi ruim.

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As notícias dos dois maiores grupos de produtos de luxo do mundo em valor de mercado içaram todo o setor, que vinha sendo abalado nas últimas semanas por vendas decepcionantes e crescente evidência de contenção de gastos inclusive entre ultra-ricos.

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A Hermes informou ter como objetivo registrar vendas em 2009 relativamente constantes em relação a 2008. Muitos analistas esperavam que o mercado global de luxo cairia cerca de 10 por cento este nao.

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Enquanto isso, a LVMH informou que janeiro "não foi um mês ruim", mas evitou fazer estimativas para 2009.

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As ações da Hermes disparavam 6,1 por cento às 12h40 (horário de Brasília) e os papéis da Louis Vuitton saltavam quase 11 por cento.

Por Astrid Wendlandt

fonte: Reuters 2009

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Cachaça de Luxo Made in Brasil

Sucesso no exterior, a Cabana Cachaça chega agora ao varejo brasileiro. Antes, servido apenas na rede Fasano (hotéis e restaurantes) e Caesar Park e nos restaurantes Eñe e Sushi Kin, a bebida passa a ser vendida na WinePró (Av. Cidade Jardim, 976 – Jardins - São Paulo - SP  - (11)  2609 2822), pelo preço sugerido der R$ 53,00 a garrafa (750ml).

Coffe Ganesh

Lançada em 2006 nos Estados Unidos e na Europa, o produto conquistou a medalha de ouro do "2008 Ministry of Rum Tasting Competition", uma das competições de destilados mais importantes do mundo. Da produção anual, 90% é exportado para os Estados Unidos e 8% para Europa, restando apenas 2% para o abastecimento local.

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A Cabana, que é produzida no interior de São Paulo, tem sabor e aroma suave, que a diferenciam das demais aguardentes, pois é bidestilada. Suas características permitem misturas criativas na elaboração de drinques e coquetéis, satisfazendo os paladares mais apurados e exigentes.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Brasileiro espera qualidade e experiência com marcas de luxo, diz pesquisa

O comportamento do consumidor de luxo no Brasil foi avaliado em uma pesquisa com 800 pessoas, assinada pela Ipsos em parceria com a Luxury Marketing Council (LMC), organização internacional de presidentes e executivos de marcas mundiais líderes do mercado de luxo. De acordo com o estudo, além de expressar estilo e personalidade, o luxo significa qualidade para os brasileiros.

Para conhecer um pouco mais sobre a relação do público brasileiro de alto poder aquisitivo com as marcas que os cercam, o Mundo do Marketing ouviu Karen Cavalcante, responsável pela pesquisa e Diretora de Contas da Ipsos Marketing. Segundo ela, o brasileiro não tem comportamento de consumidor de país emergente e nem de país com tradição neste mercado. Trata-se de um comportamento diferenciado de todos os outros já estudados.

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Assim como a qualidade e a autenticidade dos produtos de luxo estão entre as principais expectativas dos consumidores tupiniquins, os automóveis também lideram o ranking dos produtos de luxo mais consumidos no Brasil, sendo citado por 64% dos entrevistados. O estudo ainda mostra que o boca-a-boca é a principal fonte de informação destes consumidores, que veem a França como símbolo do luxo no planeta.

Qualidade e experiência
O ‘Perfil do consumidor de luxo no Brasil’ apontou que 88% deles associam um produto à qualidade que, segundo Karen, sempre teve relação com o luxo. “Em países emergentes como México, Índia e China, os consumidores de maior poder aquisitivo associam à ostentação. Já o perfil do brasileiro é de desfrutar destes produtos”, garante a executiva em entrevista ao Mundo do Marketing.

Se o que atrai os brasileiros mais ricos é a experiência com a marca, é bom que os departamentos de Marketing de empresas de luxo do Brasil conheçam mais sobre como se relacionar com seus consumidores. “Nos países com tradição no luxo os consumidores também primam pela experiência, pelo algo a mais que está comprando além do produto. No Brasil não é diferente. O consumidor espera sempre um relacionamento experiencial com uma marca de luxo”, diz a responsável pelo estudo da Ipsos.

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A pesquisa mostra um dado que não é novidade para os brasileiros, que é o automóvel estar no topo da lista de produtos de luxo mais lembrados. Porém, empresas de hotelaria, viagens e até restaurantes também fazem parte da lista. Os carros foram citados por 64% dos entrevistados, roupas por 49%, seguido por joias com 33%. Hotéis tiveram 27% das citações do público, seguido por viagens e restaurantes, com 21% e 19%, respectivamente.

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A origem do produto de luxo é um item que chama a atenção do consumidor brasileiro, segundo a pesquisa da Ipsos. Isto significa que o espaço para marcas brasileiras é dividido com grandes empresas estrangeiras tradicionais neste segmento. “Verificamos que aqui existem marcas que são muito bem associadas ao luxo, mas para ser referência neste mercado é preciso trabalhar mais”, assegura Karen.

Para os brasileiros, Suíça, Itália e Alemanha são os países com mais tradição no mercado de luxo depois da França. O estudo define os itens que mais interessam ao brasileiro no que diz respeito à origem e o mercado de bebidas alcoólicas é o que mais atrai o consumidor. O champagne é o líder com 75%, seguido por vinho (68%) e destilados (66%). Entre as categorias, os automóveis, relógios e perfumes ficaram com 65%, 60% e 58% respectivamente.

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Prova de que as marcas estrangeiras ainda são referência neste mercado é uma pesquisa feita pela Bain & Company. O levantamento mostra que nos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) o mercado de luxo, mesmo com a crise mundial, deve crescer 25% nos próximos cinco anos. No Brasil, o entusiasmo das grifes de luxo em 2008 foi explícito já que chegaram ao país cerca de 30 marcas. O estudo da Bain & Company espera que mais de 50 empresas de luxo estabeleçam suas marcas no Brasil também em meia década.

Números e estratégias
Produtos e serviços relacionados com o luxo no Brasil equivalem a um faturamento estimado em 1,6 bilhão de dolares por ano e, de acordo com um levantamento das consultorias MCF e GfK, em média os brasileiros gastam R$ 3 mil a cada compra e fazem de duas a três aquisições por mês. Somando, o resultado diz que o consumo mensal dos brasileiros é de aproximadamente US$ 2.800.

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O mercado de luxo mexe com estratégias de Marketing e faz com que companhias tentem atrair estes consumidores mais ricos através de diferentes abordagens. Um exemplo de caso em que uma empresa investiu em produtos de luxo é a Disney. A multinacional desenvolveu vestidos de noiva inspirados nas roupas das princesas de suas histórias com preço estimado em US$ 4 mil cada um.

Na contra-mão estão estratégias de grifes e marcas de luxo em busca de consumidores menos favorecidos financeiramente. Através de produtos e serviços de menor custo, grandes empresas entram em mercados de menor poder de consumo oferecendo os mesmos atributos de seus artigos de luxo. Desta forma, grandes empresas criam divisões específicas que separam os produtos de massa dos mais sofisticados.

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A Nestlé, por exemplo, criou uma empresa para gerir a Nespresso no Brasil, negócio voltado para o mercado de café gourmet com 175 lojas em 30 países. Foi o que fez também a Whirlpool. A multinacional americana dona das marcas Consul e Brastemp trouxe para o mercado nacional em 2008 a linha KitchenAid e fugiu da estratégia de vendas no grande varejo popular. A empresa investiu na distribuição em redes especializadas em cozinhas, como a Kitchens.

Luxo faz marketing com boca-a-boca
Pelo visto, as estratégias de Marketing voltadas para o público de alto padrão deverão ser baseadas em experiência para que seja indicada aos consumidores através do boca-a-boca, já que este é o principal fator de escolha na decisão de compra, como diz a pesquisa da Ipsos. Karen Cavalcanti afirma que existem outros dados valiosos para ajudar na maneira de como as marcas devem agir com estes consumidores.

Segundo ela, o papel do Marketing no mercado de luxo é fundamental. “É o que faz tudo acontecer. Dá personalidade para a marca e conta uma história. Quanto melhor for a estratégia de Marketing, mais a marca conseguirá atingir o seu público”. De acordo Karen, há dispersão de verba em Marketing principalmente em outros mercados. “Mas, no luxo é tudo muito mais segmentado e a marca precisa achar fatores que vão diferenciá-la”, emenda a executiva.

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Denominado pela Diretora da Ipsoso como um trabalho estratégico e não quantitativo, a pesquisa demonstra o crescimento da busca por experiências, a diferente relação do brasileiro com este mercado, além de diversas oportunidades para outros setores. “O luxo no Brasil não é só ostentação. Buscamos o ‘experiencial’ e vejo uma grande oportunidade de trabalhar com diversas categorias”, completa Karen Cavalcanti.

Por Thiago Terra
thiago@munodomarketing.com.br

www.mundodomarketing.com.br

Imagens: Banco de Imagens Google

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

LG FASHION WEEK

Toronto - a mais cosmopolita cidade do Canadá - sediará de 16 a 21 de março a LG FASHION WEEK  - Fall/Winter Collections 2009 no Nathan Phillips Square. A LG juntamente com a L'Oreál Paris patrocinam este evento realizado pela FDCC - Fashion Design Concil of Canada.

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Um evento que chega ao seu décimo aniversário com muita credibilidade e  sucesso, mostrando para o mundo suas criações e também dando espaço para talentos estrangeiros.

Dionne Dreher, uma Canadense/Brasileira residente em Toronto, vem se tornando uma incentivadora na abertura deste espaço aos estilistas brasileiros. Pretende apresentar nas próximas edições novos talentos da indústria da moda brasileira e introdução dos mesmos ao Canadá

http://www.lgfashionweek.ca/

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Levi's inaugura em Frankfurt Hotel Design

A mais antiga marca de jeans do mundo está vestindo muito mais do que corpos. Novas parcerias estão levando o lifestyle Levi’s® para segmentos que, a princípio, estariam distantes da marca. Inaugurado no final de 2008 em Frankfurt, o 25h Hotel Company, é um hotel design desenvolvido para a comunidade jovem urbana em uma inédita parceria com a icônica marca Levi’s.

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Christop Hoffman, CEO do 25h Hotel Company, diz que a idéia surgiu quando o escritório da Levi’s foi instalado próximo ao hotel. “As duas marcas têm o mesmo target urbano, são criativas, originais e apaixonadas em tornar reais grandes idéias”, diz Hoffmann.

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O hotel mostra de maneira original momentos inesquecíveis da história da Levi’s® e sua influência na moda, música e arte.

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“A Levi’s® é símbolo incontestável do lifestyle jovem há gerações. E o interior do hotel reflete esse espírito Levi’s® sempre em pequenos detalhes”, comenta Michael Strehler, CEO da Levi Strauss German Group.

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Os quartos do hotel estão disponíveis nos tamanhos S, M, L e XL, em diferentes designs e tons de azul. Objetos de decoração, luzes, carpetes, papéis de parede e tecidos utilizados em cada andar foram cuidadosamente selecionados para enfocar diferentes décadas do século 20.

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A atmosfera passa do clássico e clean ao look casual do stonewashed. Completando os quartos com interiores distintos e toques artísticos, o hotel também oferece outras dependências à seus hóspedes com o snack bar 100% orgânico, um estúdio de música totalmente equipado, um living room e um outdoor lounge no topo do prédio.

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25hours Hotel Frankfurt by Levi's
Niddastraße 58
Frankfurt - Alemanha